O dia 09 de janeiro de 1822 ficou conhecido no Brasil como o “Dia do Fico” porque foi nesta data – há exatos duzentos e dois anos – que Dom Pedro I manifestou seu desejo de permanecer no Brasil, apesar de as cortes portuguesas exigirem seu retorno a Lisboa.
As Cortes foram o primeiro parlamento luso e, no período que se seguiu à queda de Napoleão, tentaram fazer o Brasil – que havia sido sede do império português por 13 anos, desde 1808 – retornar à condição de colônia de Portugal. Seu maior receio era o de que, como acabou acontecendo pouco tempo depois, o Brasil declarasse sua independência.
Aqui, liberais radicais – contrários a qualquer retrocesso em relação ao status do território – reuniram oito mil assinaturas pedindo ao príncipe que permanecesse na colônia. Seu pai, Dom João VI, havia regressado a Portugal em 1821. Foi quando D. Pedro, percebendo a dinâmica do momento histórico, fez uma escolha e decidiu permanecer. E anunciou a decisão com um discurso que trazia a seguinte frase: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”. Pouco menos de oito meses depois, o próprio Dom Pedro proclamaria a independência. E o resto é história… do Brasil!
Quer saber mais? A dica da Secretaria de Educação e Cultura de Cristais Paulista é o livro “1822: Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram dom Pedro a criar o Brasil – um país que tinha tudo para dar errado”, de Laurentino Gomes.
