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Franca

Preço de combustíveis em Franca dispara e se aproxima de recorde

Os combustíveis voltaram a sofrer reajustes, e os valores estão próximos dos registrados no período da pandemia. Em dezembro de 2021, a gasolina chegou a R$ 6,56 e o etanol a R$ 5,26. Agora, na segunda semana de dezembro de 2024, motoristas foram surpreendidos novamente com o aumento: a gasolina chegou a R$ 6,19 e o etanol a R$ 4,19 em postos bandeirados de Franca.

A diferença de três anos trouxe valores assustadores para quem precisa abastecer. Em dezembro de 2022, por exemplo, a gasolina custava, em média, R$ 4,76, e o etanol saía por R$ 3,55. Já no mesmo mês de 2023, os francanos encontraram preços mais baixos após enfrentarem valores altos, a gasolina estava a R$ 5,41, mas em 2023 os consumidores pagavam apenas R$ 4,99. No caso do etanol, o preço caiu de R$ 3,15 para R$ 2,77 por litro.

No entanto, os aumentos para o fim de 2024 já eram esperados, visto que os postos estavam aplicando preços promocionais e as queimadas na região indicavam possíveis reajustes futuros. Essa análise é do presidente regional do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo), Marco Antônio do Nascimento, em entrevista ao portal GCN/Sampi, em setembro deste ano.

“Estava ocorrendo uma promoção. Já estava sendo praticado um preço muito abaixo do mercado. Com essa questão das queimadas, as usinas subiram os preços para as distribuidoras e, consequentemente, o preço subiu para os revendedores”, explicou.

‘Sente no bolso’

Os novos valores foram sentidos no bolso dos consumidores, e para quem foi pego de surpresa ficou o arrependimento por não ter abastecido antes. No último domingo, dia 8, o etanol estava a R$ 3,99, e a gasolina a R$ 5,99. “Sabe aquele ditado, ‘não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje’? Esse é o meu recado. Passei aqui no domingo e deixei para vir hoje (terça-feira). Aí percebi que o etanol subiu sem aviso aos consumidores”, lamenta o ajudante de pedreiro Sebastião Freitas de Assunção, de 76 anos, morador do bairro Peres Elias.

Para quem utiliza o veículo como ferramenta de trabalho, o impacto é ainda maior. O taxista Bruno Xavier, de 47 anos, morador do bairro Jardim Petráglia, também reclama do aumento. “É difícil. Muitas vezes pagamos para trabalhar. Tentamos nos planejar, mas ser pego de surpresa é complicado. Agora, todos estão como eu: sentindo a diferença no bolso no fim do mês”, desabafou.

Afinal, por que o aumento?

Desta vez, o aumento dos combustíveis em Franca não está diretamente relacionado às queimadas, mas sim à desvalorização do real frente ao dólar e ao custo internacional do petróleo. Esses fatores geram impactos no comércio, no transporte e no custo de vida da população, conforme explica o economista e professor da Unifran, Fabiano Siqueira dos Prazeres.

“O custo do combustível afeta toda a cadeia logística, encarecendo produtos e reduzindo a margem de lucro das empresas, especialmente no comércio eletrônico, que cresce na região”, afirma.

Para reduzir esses efeitos, Fabiano sugere medidas como a diminuição do ICMS e o incentivo ao uso de combustíveis alternativos. “Franca pode explorar biocombustíveis, reduzindo custos e impactos ambientais”, aponta o economista.

A estabilização dos preços, segundo ele, depende de políticas públicas que valorizem o real e reduzam os custos operacionais da Petrobras.

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