O calorão atingiu o Brasil em 2024, e Franca foi uma das cidades afetadas, com 127 dias de calor extremo. Isso corresponde a 34,69% do ano, segundo dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Desastres), em uma pesquisa encomendada pelo G1 e divulgada nesta quarta-feira, 5. De cada três dias do ano passado, em um a cidade enfrentou calor acima da média.
A maior temperatura registrada foi de 38°C no ano passado. No entanto, o levantamento apresenta apenas valores arredondados. A Defesa Civil do Estado de São Paulo, por exemplo, registrou um recorde de 38,3°C em 2 de outubro. Esse seria o dia mais quente da história de Franca.
Apesar do longo período, a cidade não está entre os 111 municípios que tiveram 150 dias de calor extremo em 2024, o que equivale a cinco meses. Todas as cidades do Brasil enfrentaram, pelo menos, um dia com temperaturas máximas extremas.
De acordo com a análise do G1, a partir da base de dados, as altas temperaturas explicam o cenário ambiental do Brasil em 2024. O país enfrentou sua pior seca da história, principalmente na região Norte, com rios secos e populações isoladas. Trinta milhões de hectares, área próxima ao tamanho da Itália, pegaram fogo. Além disso, foram registrados mais de 6 milhões de casos de dengue, um recorde da doença.
Em Franca, o ano passado foi marcado por queimadas que assolaram o município e região durante a seca de inverno, uma estiagem prolongada de cerca de seis meses e a maior epidemia de dengue da história, com recorde de casos e mortes. A cidade ficou sem chuva expressiva entre 12 de abril e 12 de outubro e registrou 9.027 casos de dengue, com 20 francanos mortos pela doença.
Em 2025, a maior temperatura registrada em Franca – até agora – foi de 32,1°C, em 25 de janeiro. A média da temperatura máxima do primeiro mês do ano foi de 29°C. Para fevereiro, segundo a Defesa Civil, a expectativa é que a média caia para 26°C.